Por quê não desistir no começo da jornada?
Mensagem para não desistir no começo da jornada. Você está vendo apenas a situação de maneira micro. Analise isso de forma macro e veja que…
Mensagem para não desistir no começo da jornada. Você está vendo apenas a situação de maneira micro. Analise isso de forma macro e veja que o que está passando agora é uma temporada necessária para que haja bons resultados na temporada seguinte. Conheça o que é o efeito platô e como é possível superá-lo. Saiba mais.
Não desistir de lutar: como perseverar mesmo sem perspectiva de que aquilo vai dar certo?
Quando elaboramos projetos, metas e objetivos, é normal que a quantidade de tempo e esforço dedicados não parecem trazer resultados esperados. O problema é que temos a expectativa de progredir de forma linear e isto é uma ilusão, já que o nosso crescimento — e também o alcance de objetivos — são construídos por meio de uma jornada de altos e baixos.
Desse modo, aquela tarefa que realizamos pode não trazer o resultado que queremos, no entanto, ela é essencial para construir uma base sólida que te servirá como degrau para aproximar você do objetivo traçado. Isto porque a característica de qualquer processo é que os resultados mais poderosos de nossos esforços são tardios.
Isto é o que acontece na construção de hábitos, na conquista de um corpo e em todas as áreas de sua vida. Maestria requer paciência. A construção de uma marca bem como a de uma carreira necessitam deste modelo mental.
Apesar de não ver resultados imediatos naquilo que está sendo feito, você precisa fazê-lo e enxergá-lo de maneira macro. Projete esta tarefa no futuro, ela feita hoje é uma semente que trará frutos lá na frente.
A título de exemplo, imagine um cubo de gelo na mesa à sua frente. A sala está fria. De repente ela começa a esquentar: 26ºC, 27ºC, 28ºC e o cubo de gelo permanece intacto.
A temperatura continua subindo: 29ºC, 30ºC , 31ºC e nada acontece. Então, quando ela atinge 32ºC o gelo começa a derreter. Uma mudança de 1 grau, aparentemente igual aos aumentos de temperatura anteriores, desencadeou uma grande mudança. Esta mudança é o resultado de várias ações anteriores que criaram o potencial necessário para desencadear uma grande mudança (CLEAR, p.20, 2019).
Este potencial necessário é o limite crítico que desencadeia/desbloqueia um novo nível de desempenho. Isto é o funcionamento do progresso. Este limite crítico é o que James Clear chama de Platô do Potencial Latente.
O que é Platô do Potencial Latente?
É um gráfico que mostra nossos resultados ao longo do tempo. Além disso, apresenta duas retas: uma indicando nossas expectativas sobre a velocidade do progresso ao passo que a outra indica a realidade de como o crescimento acontece.
Este gráfico explica que tanto na construção de novos hábitos quanto no alcance de nossos objetivos existem estágios iniciais, intermediários e finais. O estágio final seria o momento que o novo hábito se incorporou na rotina ou que o objetivo foi alcançado.
Nesse sentido, para obter essas realizações exige-se um grau de esforço, planejamento e execução. Esta tríade faz parte dos três estágios supramencionados. O que temos mais dificuldades de superar são os estágios iniciais e os estágios intermediários.
Nestes dois estágios o sentimento de impotência e pessimismo percorrem o tempo todo o processo de execução. O gráfico do platô do potencial latente chama essas picuinhas — inerentes destes estágios — de vale da desilusão.
O vale da desilusão se localiza na intersecção de duas retas e é um lapso de tempo em que o indivíduo se sente atordoado e assombrado pela crença de que tudo o que faz não surti nenhum progresso. Por exemplo, ele tenta ter mais engajamento nas redes sociais, porém nenhuma estratégia que aplicou manifesta um resultado compatível com as suas expectativas.
O vale da desilusão, portanto, é o momento em que as pessoas se sentem desencorajadas depois de semanas/meses de trabalho árduo sem nenhum resultado. Pensa que tudo o que fez foi tempo jogado fora, o que, na verdade, é um trabalho e investimento de tempo que estão sendo armazenados.
Esta bolha de impotência é quebrada quando o indivíduo adentra no estágio final da execução. E isso acontece com o tempo. É o momento em que a pessoa alcança o limite crítico para desencadear um crescimento exponencial. Você precisa dar tempo suficiente para que os resultados comecem a aparecer.
O platô do potencial latente é como o exemplo do cubo de gelo acima mencionado: o resultado de várias ações anteriores criam o potencial necessário para desencadear uma grande mudança.
Reclamar sobre não alcançar o sucesso, apesar de trabalhar arduamente, é como reclamar que um cubo de gelo não está se derretendo quando você o aquece de 25 a 31 graus. Seu trabalho não foi desperdiçado; está apenas sendo armazenado. Toda a ação acontece quando atinge os 32 graus. Quando você finalmente romper o Platô do Potencial Latente, as pessoas o chamarão de sucesso instantâneo. O mundo exterior só vê o acontecimento mais drástico e não tudo o que o precedeu. Mas você sabe que é o trabalho que fez há muito tempo — quando parecia que não estava fazendo algum- que possibilita o salto de hoje.(CLEAR, 2019, p.21)
Como complemento, essa linha de raciocínio é igual àquela que se refere à plantação. Nesse sentido, Thiago Nigro, em seu livro “sementes da liberdade” (2020, p. 10) escreve que:
“A semente que plantamos fica escondida […]. Nós só aplaudimos a plantação quando ela dá frutos, mas não enxergamos a semente trabalhando lá no início; nem sempre entendemos o tamanho de sua importância.”
Platô do Potencial Latente: Exemplo
Um exemplo do platô do potencial latente é o caso concreto em que um canal do Youtube teve a consistência de publicar um vídeo por semana durante 5 anos. Nesse período, os primeiros 3 anos de consistência não trouxeram resultados notórios.
Em compensação, nos últimos 2 anos o canal cresceu de forma exponencial. É a mesma alusão do cubo de gelo em uma sala: os primeiros 3 anos de consistência foram essenciais para que fosse armazenada a energia necessária para desencadear o crescimento ocorrido nos últimos 2 anos.
Ademais, é muito interessante analisar o vídeo em que eles contam a história do canal. Eles começaram a criar conteúdo no Youtube no final de 2016. Apenas em 2019 eles conseguiram alcançar resultados extraordinários em comparação ao cenário em que estavam.
Em 2019 eles conquistaram 60 mil inscritos em um mês. Resultado muito além do que estavam tendo, já que tinham conseguido 10 mil inscritos em três anos. No entanto, o plot twist é a mentalidade deles: eles não conseguiram 60 mil em um mês. Na verdade, foram necessários 3 anos para conseguir 60 mil inscritos em um mês. (caso queira ver o vídeo: clique aqui).
Foram 3 anos de altos e baixos, de atritos e de muitos aprendizados para conseguir desencadear um resultado notável. O que fica claro é que às vezes estamos fazendo a coisa certa, no entanto, não damos tempo o suficiente para que ela consiga trazer bons frutos para nossa pessoa.
Você precisa ter consistência e de tempo para que as coisas comecem a andar a seu favor. Para que a produção de conteúdo comece a te trazer o que você espera ter, demanda um lapso temporal que muitas vezes vai custar mais do que você imagina ou mais do que você está disposto. Tenha consciência disso.
O que eu quero passar é que por mais que você fique desanimado com o amargo de não ter resultados proporcionais a suas expectativas, você precisa seguir em frente e continuar fazendo. Isso porque, a colheita terá bons lucros apenas no futuro e apenas se a semente for plantada agora.
E mesmo que venha a geada e destrua a plantação, ela não destruirá o conhecimento e a estratégia que você construiu ao longo da trajetória e esses dois ativos são o suficiente para recomeçar e alcançar o seu objetivo mais rápido do que antes, já que você saberá o que funciona e o que não vale à pena.
vou deixar um vídeo aqui para você conhecer um pouco mais a história do canal de Youtube que citei como exemplo. Eles cresceram por meio da consistência e por meio de várias estratégias:
E então! Entendeu o por que você não deve desistir no começo da jornada? Comente aqui o que achou.
Isso ajuda muito no aprendizado e na disseminação do conhecimento.
Acredito que quando compartilhamos o que sabemos, mesmo que seja considerado pouco, colaboramos muito para o crescimento do outro.
Além disso, caso queira continuar essa conversa comigo sobre esse assunto, este é meu Linkedin: Erick Sugimoto.
CLEAR, James. Hábitos atômicos. Rio de Janeiro: Atla Books, 2019.
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